Dilatação? Contracções? Cesariana? Dor?... Às dúvidas soma-se, muitas vezes, o medo. A melhor estratégia para enfrentar o incógnito é descobrir-lhe os segredos.
AMNIOTOMIA
Nome que se dá à ruptura artificial das membranas. É um dos métodos mais comuns de indução do parto, utilizado também quando se pretende acelerar o nascimento. Geralmente, a amniotomia é efectuada no decurso de um exame vaginal e não é suposto que doa.
BEBÉS GRANDES
Há algumas doenças que podem contribuir para o aumento do peso do bebé (dez por cento dos bebés com idade gestacional de termo têm mais de quatro quilos). A mais comum é a diabetes. Mas muitos bebés com dimensões maiores do que as normais não têm qualquer problema, nem são filhos de mães diabéticas. Muitas mulheres preocupam-se com a possibilidade de não conseguirem dar à luz um bebé grande. Isso poderá ser verdade em alguns casos, mas não o é, seguramente, em todos.
CESARIANA
Quando, por algum motivo, o bebé não consegue ou não deve nascer por via vaginal, a opção recai sobre o nascimento cirúrgico, a cesariana. A operação pode ser realizada com anestesia geral ou epidural, sendo que esta última reúne cada vez mais as preferências de médicos e grávidas. Os riscos associados a esta forma de nascer são substancialmente mais preocupantes do que os riscos do parto normal.
CONTRACÇÕES
As contracções são o «motor» do parto, a força que empurra o feto para o exterior. São, por isso, aliadas essenciais no momento de fazer nascer o bebé. Não ter medo delas é fundamental.
DILATAÇÃO
Durante o trabalho de parto, o colo do útero vai dilatando, abrindo espaço à passagem do bebé. Essa abertura é expressa em centímetros e avaliada através de um toque vaginal feito pelo médico ou pela parteira. Diz-se que a dilatação está completa quando atinge os 10 centímetros. Normalmente, pouco tempo depois o bebé nasce.
EPISIOTOMIA
Incisão no períneo (área muscular compreendida entre a vagina e o ânus) e na parede vaginal, que tem por objectivo abreviar o parto. Em Portugal, são poucas as grávidas que escapam a esta experiência, mas o tema é controverso.
EPIDURAL
Técnica anestésica que elimina as dores do parto sem afectar a mobilidade da grávida. O segredo reside em aplicar uma substância anestésica onde ela é realmente necessária: nas raízes nervosas a nível da coluna, responsáveis pela sensibilidade no abdómen.
FÓRCEPS
O fórceps é constituído por duas hastes articuladas que terminam em forma de colher. É um instrumento que serve para segurar a cabeça do feto e guiá-la na bacia, puxando-a. Ajuda, em seguida, a libertar a cabeça do bebé, trazendo-o para o exterior. O fórceps pode deixar algumas marcas nas têmporas, na face ou no crânio do bebé.
GRITAR AJUDA
É isso mesmo. Gritar ajuda a expulsar o bebé. É difícil fazer força sem emitir sons, por isso, se sentir necessidade de gritar durante o parto, não pense que estará a descontrolar-se ou a incomodar quem quer que seja. Deixe que a sua força interior a guie e não se preocupe com o que se passa à sua volta.
HEMORRAGIA PÓS-PARTO
É normal haver alguma hemorragia vaginal após o nascimento do bebé. Isto acontece tanto nas situações de parto vaginal, como nas cesarianas. A perda de sangue, que se deve ao sangramento excessivo que ocorre depois da expulsão do feto, pode durar várias semanas.
LÍQUIDO AMNIÓTICO (PERDA DE)
A «bolsa de águas» pode romper antes, no início, durante ou só no final do trabalho de parto. É importante ter noção de quando se começa a perder líquido (sobretudo se foi antes do início das contracções regulares) para poder informar o médico.
OCITOCINA
A ocitocina é uma hormona segregada pelo hipotálamo que intervém tanto no desencadear do nascimento, como durante o trabalho de parto. Os seus mecanismos não são ainda inteiramente conhecidos. Desempenha também um importante papel na amamentação, sendo a sua segregação o factor-chave do sucesso do aleitamento materno.
PLACENTA (SAÍDA DA)
Terceiro estádio do trabalho de parto. Em linguagem técnica, intitula-se dequitadura. Decorre desde a saída do feto até à expulsão da placenta e das membranas fetais e dura cerca de 30 minutos.
ROLHÃO MUCOSO
A perda do rolhão mucoso não é um sinal de trabalho de parto activo, mas pode significar a proximidade do nascimento. Habitualmente, acontece vários dias antes do trabalho de parto espontâneo.
SOFRIMENTO FETAL
O sofrimento fetal pode ser definido como um conjunto de sinais durante a gravidez, antes ou durante o parto que indicam que o feto não está bem, geralmente devido ao decréscimo de fornecimento de oxigénio.
TOQUE VAGINAL
Exame feito no decorrer do trabalho de parto que tem por objectivo avaliar a progressão do nascimento, a dilatação do colo do útero e a descida do bebé pelo canal de parto. Pode ser efectuado pela parteira ou pelo médico obstetra.
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