segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Não

crianças
Esta palavra pode causar impactos nocivos na criança. Veja por que você deve evitá-la e quais as alternativas para uma mudança de comportamento.

Quem tem filho pequeno sabe que, com o passar do tempo, cresce a vontade que os pimpolhos têm de conhecer e entender tudo o que se passa ao seu redor.
E não basta ver, eles querem sentir com as próprias mãos tudo o que observam, sem ponderar se existe ou não risco, ou se é certo ou errado...
E, como nem tudo é permitido, os pais redobram a atenção sobre os baixinhos, a fim de prevenir acidentes e educá-los da melhor maneira.
É aí que algumas frases tornam-se constantes no dia-a-dia: “Não mexa nisso!”, “Não sobe aí, meu filho”, “Assim, nããão”...

O curioso é que mesmo depois de ouvirem a orientação até o fim, as crianças lá estão fazendo exatamente o oposto do que foi pedido. Culpa da teimosia? Nem sempre. Isso pode ser consequência de um simples mecanismo do cérebro.

POR DENTRO DO CÉREBRO

Vamos a um teste. Siga a instrução: enquanto lê estas linhas, não pense em uma bolinha vermelha.
Você pensou, não foi? Viu só como até mesmo os adultos podem ter dificuldade em obedecer um simples pedido?
É claro que, conforme crescemos, desenvolvemos a habilidade de lidar com esse tipo de confronto.
Quem nos ajuda nessa questão é uma região localizada na parte da frente do cérebro, bem atrás da testa: o córtex pré-frontal. Dentre outras tarefas, ele é responsável por uma espécie de “breque do bem”, que nos impede de responder aos estímulos no ato, sem pensar.
No entanto, essa área cerebral só amadurece por completo na adolescência. Por isso, até lá, muito cuidado com o que diz ao seu filho, pois ele pode ter dificuldade de bloquear a ação e pesar suas conseqüências.
Lembre-se que dizer ´não atravesse correndo’ é, antes de mais nada, ativar no cérebro do pequeno a imagem da corrida, levando-o a fazê-lo.


APOSTE NO QUE É POSITIVOS

E depois dessas afirmações você está preocupada em como lidar com a criança daqui para frente, fique calma. Segundo a especialista, a solução para esse caso é muito simples. O melhor a fazer é dizer à criança o que você quer que ela faça e não o contrário. Dessa forma, ela não se verá diante de um dilema. Ou seja, mãe, se quer que seu filho permaneça sentado durante o almoço da família, diga a ele sem rodeios: “mocinho, fique sentado!”.

Além de ser mais objetiva, várias teorias comportamentais atestam que temos mais facilidade em responder ao positivo do que ao que vem em forma de restrição.Mas e se, mesmo assim, ele não obedecer? Bom, aí não há explicação científica que sirva como álibi para o seu teimosinho.

Portanto, é hora de chamá-lo para aquela conversa sobre regras e mostrar que ele deve obedecê-la e isso não tem negociação.

ENCONTRE O EQUILÍBRIO

Se a criança ouve o não como resposta para tudo o que pede, fica retraída e tem dificuldade para fazer novas experimentações, que são primordiais para o seu desenvolvimento.

Em outros casos, a palavra pode ficar banalizada. Como sabe que não pode nada, ela mesma se dá a permissão. Aí, vem a famosa rebeldia.Por isso, saiba dosear. Uma boa saída é incluir algo positivo nas restrições. Por exemplo: dizer que ela não pode comer chocolate agora, porque vai almoçar, mas depois, tudo bem. Assim, você estimula a autoconfiança e a faz entender que, se seguir a recomendação, conseguirá o que quer.


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